SELHO SÃO JORGE (Pevidém) Memória Descritiva dos Símbolos Heráldicos Cômoro – Representa um monte existente na freguesia denominado “Monte da Santa”, ao qual está associado a uma lenda. Burelas ondadas – Simbolizam o rio Ave e o seu afluente – o Selho. Espigas de trigo - Representam a tradição agrícola. Dragão – Está relacionado com orago da freguesia, São Jorge, que terá travado um combate, ferindo de morte o animal representado. Caracterização A freguesia de Selho São Jorge está localizada entre os rios Selho e Ave, distando 6 quilómetros para oeste da cidade de Guimarães, sua sede de concelho. Elevada a vila em 21 de Junho de 1995, a freguesia de Selho São Jorge passou a ser denominada por Vila de Pevidém, nome que lhe foi atribuído no século XX e que provém de um lugar ali existente, onde vivera um casal na “Casa do Pevidém”. A sua actividade económica centra-se essencialmente na indústria, nomeadamente no sector têxtil, sendo que também existe alguma actividade nos sectores dos serviços e comércio. Muito dinâmica não só no plano laboral como também social e cultural, em Pevidém há um papel muito activo em relação ao folclore e às romarias e festividades. As associações existentes são em grande número e todos estes factores permitem a esta localidade assumir-se como parte integrante do espectro urbano do município vimaranense. Esta freguesia possui actualmente também um Parque de Lazer, junto à margem do rio Selho e a Praça Francisco Inácio, dois locais de excelência para os seus habitantes e visitantes desfrutarem de momentos recreativos e de lazer. Síntese Histórica As origens de Selho São Jorge podem ser observadas no Monte da Santa, onde existem muralhas e machados de pedra polida que remontam à era do Neolítico. A este monte foram atribuídos dois nomes: Monte da Senhora e Monte da Santa. O primeiro remete para uma lenda que refere, que as covas existentes num penedo situado no cimo do monte foram feitas pelas pegadas da jumenta que transportou Nossa Senhora. O segundo nome tem origem na imagem de Santa Anastácia que ali terá sido desenterrada. Os primeiros indícios da existência da freguesia são também identificados em escritos do século XI, que dão conta que o Mosteiro de Guimarães possuía bens no território de Selho São Jorge. Nas Inquirições ordenadas por D. Afonso II, em 1220, a freguesia denominava-se “de Sancto Georgio de inter Avem e Selium”. Nas Inquirições de 1301, “S. Jurge de Negrelos” é o título da freguesia, e em 1308 denominava-se “Sam Jurgo de Amtre Ave e Selho”. Património Cultural Imóvel Igreja Matriz, Igreja de São Miguel do Paraíso, Capela de São Brás, Casa da Portela (com Capela), Cruzeiro, Casa de Fundo de Vila, Coreto e Alminhas: Burgo, Senhor do Crasto, Senhor dos Perigos e Santo António. Eventos Carnaval - Desfile, Festival Internacional de Folclore (Julho), Desfolhada (Outubro) e Festas da Vila (Abril). Padroeiro/Festividades São Jorge (Padroeiro – 23 de Abril), São Brás (Fevereiro) e Nossa Senhora do Leite do Paraíso (Agosto). Locais de Interesse Turístico Parque de Lazer e Margem do Rio Selho. Filhos Ilustres da Terra Francisco Inácio da Cunha Guimarães - Industrial e Benemérito (1864-1947) Albano Martins Coelho Lima - Industrial (Coelima) (1892-1979) D. Guilherme Augusto - Bispo de Angra do Heroísmo (1877-1970) José Gonçalves - Padre e Empresário (1874-1953) Manuel José Teixeira de Melo - Médico, muito ligado ao associativismo local, foi criada uma fundação com o seu nome (1905-1996) João de Castro - Farmacêutico ligado ao associativismo local (1917-1980) João Pereira Fernandes - Industrial e Regedor da Freguesia (1902-1989) Freguesia em Números Área (i): 522,33ha Abastecimento de Água - Rede Pública (ii): 98% Saneamento Básico (ii): 98% Iluminação Pública (ii): 98% Transportes (ii): TUG e Arriva Habitantes (iii): 5625 (H-2723 M-2902) Eleitores (iv): 5148 (H-2488 M-2660) Alojamento (iii): 2328 Famílias (iii): 1951 Faixas Etárias (iii): 0/14-900 15/24-618 25/64-3331 65 ou mais-776 Habilitações (iii): Nenhuma-956 Básico-3540 Secundário-776 Superior-353 [Fontes: i. Câmara Municipal Guimarães; ii. Junta Freguesia; iii. INE Censos 2011; iv. DGAI] Equipamento e Serviço Social Sede da Junta de Freguesia (com Gabinete de Atendimento GNR – semanalmente), Creches (2), Jardins de Infância (3), Centro Escolar com Escola Básica do 1º Ciclo, Escola Básica 2/3 (com Gimnodesportivo e Cantina Escolar), Polidesportivo, Campo de Futebol, Gimnodesportivo, Unidade de Saúde Familiar, Pólo da Biblioteca Pública, Espaço Cultural, Lares para Idosos (2), Salão Paroquial, Centro Infantil (com Cantina Social), Capela Mortuária e Apoio Domiciliário (Centro Social de Brito e Selho S. Cristóvão). Serviços Turismo de Habitação, Estações de Serviço (3), Postos de Abastecimento de Combustíveis (4), Farmácias (2), Clínica AMI, Consultório Médico, Laboratório de Análises Clínicas, CTT, Banco e Multibanco. Movimento Associativo Associação Jovidém - Jovens de Pevidém Telefone: 913 428 028 Fundação: 2009 Actividades: Culturais e recreativas Associação Tokaki Telefone: 927 807 670 Fundação: 2010 Actividades: Orquestra de percussão (Bombos) Clube Industrial de Pevidém Telefone: 253 532 276 Fundação: 1933 Actividades: Tiro com armas de caça Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento Nº 546 Telefone: 965 358 355 Fundação: 1978 Actividades: Escutismo Grupo Coral Infantil e Juvenil de Pevidém Telefone: 253 532 162 Fundação: 1972 Actividades: Cântico litúrgico Grupo Desportivo de Pevidém Telefone: 919 246 499 Fundação: 1998 Actividades: Pesca Grupo Regional Folclórico e Agrícola de Pevidém Telefone: 966 144 734 Fundação: 1947 Actividades: Folclore Pevidém Sport Clube Telefone: 253 417 232 Fundação: 2006 Actividades: Futebol Sociedade Musical de Pevidém Telefone: 912 683 733 Fundação: 1894 Actividades: Banda filarmónica Fundada por Manuel Martins Coelho Lima e mais 16 músicos, a Sociedade Musical de Pevidém é uma das mais prestigiadas bandas musicais da realidade artística nacional. Fruto do empenho dos seus fundadores, esta instituição foi adquirindo o equipamento necessário à conveniente prática musical, sendo hoje, muitos os apreciadores e executores deste estilo musical. Actualmente, participam em concertos nacionais e internacionais, levando o bom nome desta vila a muitas regiões e países. Em Fevereiro de 2009, esta instituição viu o seu mérito reconhecido, ao ser considerada instituição de utilidade pública, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade ao fomentar a cultura, através da Escola de Música, da Orquestra Juvenil e da Banda Musical, contribuindo para a elevação intelectual e artística dos seus sócios e da população em geral”. Órgãos de Informação Jornal “O Selho” Propriedade/Editor: Eliseu Sampaio Fundação: 2012 Telefone: 910 310 080 Periodicidade: Mensal Aqui Pevidém Propriedade/Editor: Paróquia de São Jorge de Selho Fundação: 1982 Telefone: 253 532 162 Periodicidade: Mensal Pároco Serafim da Silva Ferreira Telefone: 253 532 162 Junta de Freguesia Morada: Praça Francisco Inácio S/N 4835-321 Selho São Jorge Coordenadas GPS: N 41º 25’35.06” / W 8º 21’15.03” Telefone: 253 531 824 Fax: 253 536 039 E-mail: geral@jfpevidem.com Site: www.jfpevidem.com Horário de Funcionamento: 2ª a 6ª feira 09h-12h/14h-17h/18h-20h Presidente: Balbina Maria Pereira da Silva Dias Pimenta (4º mandato) Secretário: João Alexandre Teixeira Marques Tesoureiro: Manuel Francisco Lopes Pinto Destaque Indústria Têxtil É muito antiga a tradição da indústria têxtil nesta zona e, até mesmo, na região norte portuguesa. Porém, no Concelho de Guimarães é a freguesia de Selho São Jorge que se destaca como uma das mais relevantes neste sector. Segundo o autor Armindo Cachada, “as primeiras oficinas de tecelagem ter-se-ão instalado, no decorrer da última década do século século XIX, ao longo dos cursos dos rios Ave e Selho (a fim de aproveitarem a energia hidráulica então utilizada). A Fábrica do Moinho do Buraco terá sido pioneira na industrialização local, mediante a instalação dos seus 720 fusos. Muito danificada por uma enorme cheia ocorrida em 1962 no rio Selho, não chegaria posteriormente a recuperar da catástrofe, preservando no entanto um importante acervo de equipamento fabril de diferentes épocas. Por esse motivo, terá sido destinada a instalação ali, de um futuro Museu Industrial”, sem concretização até hoje. E é imbuído deste clima industrializado, que nasceram inúmeras empresas têxteis que ainda hoje são grandes potências económicas, locais, regionais e nacionais. A Coelima, fundada em 1922, é uma das grandes referências, na Vila de Pevidém. Parte integrante do património industrial do Vale do Ave, a empresa começou a funcionar apenas “com um tear manual e o sonho de um homem”. Ao converter-se em realidade, a Coelima assume-se como uma das maiores e melhores fábricas de têxtil da Europa. Resultando da junção dos nomes Coelho e Lima, esta unidade fabril dedica-se à fiação, tecelagem e acabamentos, tendo chegado noutros tempos a ter milhares de trabalhadores e papel muito activo na dinamização de actividades culturais e desportivas próprias (orfeão, ciclismo, andebol, voleibol, entre outras). Semelhante processo teve outra das grandes empresas de indústria têxtil na vila, a Lameirinho. Existente desde 1948, este negócio geracional está hoje presente no mercado dos 5 continentes do mundo, afigurando-se como uma empresa global. |